Quais são os acordes musicais mais bonitos?

A música por si só está distribuída por todos os recantos do mundo. Ou seja, nesse artigo entendemos por música toda a expressão da natureza que por algum meio de propagação é percebida e transformada no nosso cérebro.

Mas o que faz da música, tal como conhecemos, ser tão bonita e cativante? Ou em alguns casos, tão serena e emotiva? De fato a ela está presente na civilização humana desde tempos remotos e faz parte inerente desse processo de evolução sociocultural das sociedades modernas. Portanto, nesse artigo vamos decifrar o porquê da música ter uma impacto tão importante na percepção do homem e o que é que define a beleza dos acordes mais bonitos.

Como o cérebro interpreta a música?

Apesar de poder considerar o barulho de uma cidade, o canto dos pássaros e o quebrar das ondas como uma espécie de reprodução musical, apenas as construções musicais coerentes terão valor cultural para a sociedade. Ou seja, a música em si também faz parte do movimento cultural espontâneo que cresce livremente de acordo com cada período histórico.

Em outras palavras, uma nota musical terá sentido e valor quando estiver dentro de um contexto e é aqui onde a música realmente acontece. Como uma maneira excepcional de comunicação humana, essa arte é uma forma de expressão subjetiva. Desse modo é a maneira que o cérebro interpreta que faz com que grandes obras musicais tenham tanto significado para nós.

Aspectos psicológicos da música e seus acordes

De fato se as pessoas experimentam o som de maneira muito similar, por que para algumas pessoas o Mozart de suas vidas é a Anitta e vice-versa? Em contrapartida, se assumimos que todos percebem a música de maneira diferente, por que alguns gêneros musicais são tão populares para a maioria das pessoas.

Desse modo, como é possível definir quais são os acordes mais bonitos? Para responder essa pergunta é preciso entender que na verdade a maneira que entendemos a música está relacionada a cultura e a sociedade. Por isso, alguns acordes que estão relacionados com certos tipos de emoções e estão presentes na cultura musical da época, serão aqueles considerados os mais bonitos.

Música, cognição e construção de acordes

Segundo o médico especialista Straliotto, a inteligência de um indivíduo se desenvolve também através da audição. Ou seja, da mesma maneira que Noam Chomsky determina os códigos de linguagem através da sua teoria da Gramática Generativa, cada código sonoro representa um espaço ativado no cérebro. Nesse contexto, partindo da ideia de que o código musical também surge da mesma ideia, encontramos novas conclusões sobre como entendemos a música.

Assim, na investigação realizada por Milliamon e Egner se examinaram o comportamento de alguns indivíduos e as suas respectivas correlações neuronais da memória musical. Finalmente, os resultados confirmaram a hipótese de que a memorização de compassos estruturais é crucial no armazenamento e decodificação de uma peça musical. Em suma, sem a identidade sociocultural seria impossível definir quais são os acordes mais bonitos, já que eles recebem essa característica a partir do significado que lhes é atribuído com o tempo e o uso dos mesmos.